terça-feira, 31 de maio de 2011


''Não é saudade porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde.''


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Caio Fernando de Abreu
Só agora eu sinto que as minhas asas eram maiores que as dele, e que ele se contentava com os ares baixo; eu queria grandes espaços, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero ainda. Voar junto com alguém, não sozinha.

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Caio Fernando de Abreu


 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011



Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços… trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões… Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir, basta ter jeito, saber tocar as páginas, uma a uma, e descobrirá de que papel é feito cada uma delas.

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Caio Fernando de Abreu


"É no nosso encontro, cara a cara, olho a olho, que as coisas vão se definir."


"Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro."

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Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quando varrerem estrelas, pede para jogá-las sobre nosso telhado.

 
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Yeda Prates Bernis

sábado, 7 de maio de 2011




“… Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de me chamar de brava, de chata. E eu quero te socar, porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim."

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Caio Fernando de Abreu




''Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava."

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Caio Fernando de Abreu



E você o menino que nunca tiro do coração. Saudade.

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Tati Bernadi


-Garçon, uma dose de amnésia e duas de desapego por favor. 
- Vai uma de amor também? 
- Não, não. Deixa pra outro dia..

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Caio Fernando de Abreu


"De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme. só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: "meu Deus, mas como você me dói de vez em quando..."

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Caio Fernando de Abreu

quinta-feira, 5 de maio de 2011




"Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez a tua rosa tão importante." 

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 Antonie Saint-Exupéry





- Sabe aquela época em que tudo para as crianças é segredo?
- Sei.
- Às vezes me sinto assim.
- Assim como?
- Querendo fazer segredo de tudo.
- Sobre o que, por exemplo, você faz segredo?
- Cada momento é alguma coisa que vem em minha mente. Depende do lugar, das pessoas que estão por perto.
- E o que vem agora?
- É algo sobre você.
- O que é?
- É segredo, já disse.
- Pode me contar, eu sei guardar segredo.
- Mas não posso contar.
- Então segura forte minha mão que eu adivinho.
(...)
- Acho que já sei o seu segredo.
- O que é?
- Não posso contar, é segredo.
- Mas ele é meu, posso saber.
- Não pode não.
- Por quê?
- Porque eu sei o seu segredo e ele é o mesmo que o meu.
- Como assim?
Olhou em seus olhos e disse:
- Eu também.
 
Elis C.

domingo, 1 de maio de 2011

o contrato.

Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.
Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.
Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.
E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.
E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.
Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.’








''de novo? tenho até vergonha. nem eu suporto mais gostar de você (...) ''
É preciso ter asas, quando se ama o abismo.


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Nietzsche